O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quinta-feira, dia 12, ordem de serviço da Ferrovia Transnordestina. A solenidade aconteceu no município de Salgueiro, em Pernambuco, e contou com a presença de populares e várias autoridades políticas do Nordeste. O Secretário Estadual de Transportes, Luciano Paes Landim, viajou para Salgueiro com uma comitiva de técnicos da Setrans. Para ele, a ferrovia vai mudar os rumos do desenvolvimento do Piauí: "O Governo do Estado pensa no desenvolvimento regional, e quando faz isso é com obras de impacto. E não se faz desenvolvimento sem transporte", enfatizou Luciano. O presidente Lula mostrou-se empolgado ao falar da obra: "O nosso Nordeste vai mudar muito nos próximos meses", afirmou o presidente.
O primeiro trecho a ser construído terá 165 quilômetros, de Salgueiro a Parnamirim. Ainda no ano passado, foram realizadas audiências públicas em todos os municípios por onde vão passar a Transnordestina.
O objetivo das audiências foi divulgar informações e recolher opiniões, críticas e sugestões da população envolvida, direta e indiretamente, com o assunto do projeto.
A Ferrovia Transnordestina é o nome da futura ferrovia de cargas, com 1.728 quilômetros, que ligará a cidade de Eliseu Martins, no sertão do Piauí, aos Portos de Suape (PE) e de Pecém (CE). Fruto de um importante investimento de R$ 5,422 bilhões, a estrada de ferro será o marco da transformação socioeconômica do Nordeste. A Transnordestina percorrerá 420 quilômetros, passando por 19 municípios, no trecho que vai de Trindade a Eliseu Martins, nos Estados de Pernambuco e Piauí. Com infra-estrutura moderna, segura e mais veloz, a ferrovia comportará a passagem, por dia, de até 8 pares de trem com 104 vagões cada um, a uma velocidade média de 65 km/h. Assim será possível transportar, com eficiência e qualidade, cerca de 25 milhões de toneladas de carga por ano (alimentos, grãos, minérios, entre outros).
Com a Transnordestina, vai ser possível a ampliação do potencial da Região Nordeste como pólo de exportação e alternativa de escoamento da produção agrícola do Cerrado brasileiro. Como consequência, haverá instalação de novas empresas e indústrias ligadas a setores como o agronegócio, mineração, construção civil, logística, turismo, calçados, móveis e serviços. além disso, será visível a concretização de novos projetos públicos e privados, antes inviáveis por falta de transporte e infra-estrutura adequados. A população vai ser beneficiada diretamente com o aquecimento do comércio, serviços e turismo locais.
A Ferrovia Transnordestina criará mais de 3 mil empregos diretos, além de outras dezenas de milhares de indiretos, durante a sua construção. Essas novas oportunidades de trabalho se refletirão no aumento da renda e da arrecadação de impostos em todos os municípios percorridos pela ferrovia.
Por: Marcelo Fontenele