Na próxima segunda-feira, dia 27, acontece uma audiência pública da Transnordestina no município de Eliseu Martins, que fica a 500 quilômetros ao sudoeste de Teresina. O objetivo da audiência é esclarecer para a população o que é e qual a importância da Ferrovia Transnordestina para o desenvolvimento econômico do Estado do Piauí e para a região Nordeste. Devem estar presentes na audiência o Secretário Estadual de Transportes do Piauí, Luciano Paes Landim; e diretores do DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transportes, CFN - Companhia Ferroviária do Nordeste e IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais.

Serão realizadas duas audiências públicas: uma em Eliseu Martins, dia 27, e outra no município de Ariripina, no Estado de Pernambuco, no dia 29 deste mês. No Piauí a audiência vai acontecer às 19 horas, no Ginásio Nossa Senhora de Fátima, no bairro Mutirão, em Eliseu Martins. Em Pernambuco, a audiência será realizada na sede da Associação Atlética do Banco do Brasil, às 19 horas, no centro de Ariripina.

No início do mês a Secretaria Estadual de Transportes realizou a licitação da Faixa de Domínio da Ferrovia Transnordestina. O total dos serviços é de R$ 999.679,09 (novecentos e noventa e nove mil, seiscentos e setenta e nove reais e nove centavos). A previsão é de que as obras da Transnordestina comecem na segunda quinzena de dezembro de 2008 e seja concluída em outubro de 2010. A ferrovia deve ter 424 quilômetros de extensão, partindo de Eliseu Martins em direção à divisa com Pernambuco. O trecho no Piauí custará R$ 1,4 bilhão, do total de R$ 4,5 bilhões da ferrovia.

A implantação da Ferrovia Transnordestina, como parte da Malha Ferroviária do Nordeste, além de se constitutir como um elemento catalisador do desenvolvimento regional pelo porte dos investimentos e pela sua função de proporcionar redução de custos na cadeia produtiva inter-regional, é estratégica para a interligação com os sistemas ferroviários centro e norte do país, viabilizando assim, o estabelecimento de um fluxo contínuo de cargas e a operação dos transportes através de Corredores Multimodais.

Sem a implantação da Ferrovia Transnordestina, a Malha Ferroviária do Nordeste permanecerá isolada, sem condições adequadas de integração ao Sistema Nacional de Transporte, com dificuldades de se viabilizar, operacional e financeiramente.

Por: Marcelo Fontenele