A audiência pública sobre a implantação da Ferrovia Transnordestina superou as expectativas da organização. O Ginásio Nossa Senhora de Fátima, em Eliseu Martins, no sul do Piauí, ficou pequeno para tanta gente que compareceu, querendo saber mais sobre esta grande obra. A audiência pública foi realizada na última segunda-feira, dia 27, e faz parte de uma das etapas obrigatórias da execução do projeto. Durante o evento, o Secretário Estadual de Transportes, Luciano Paes Landim, disse que o custo com o transporte ferroviário é 4 vezes menor que o rodoviário. “Hoje é uma data histórica para a região do Gurguéia. O Governo do Estado pensa no desenvolvimento regional, e quando faz isso é com obras de impacto. E não se faz desenvolvimento sem transporte. Pretendo voltar muitas vezes aqui em Eliseu Martins para trabalhar e acompanhar a implantação da Transnordestina”, afirmou Luciano Paes Landim.
Os objetivos da audiência pública foram divulgar informações e recolher opiniões, críticas e sugestões da população envolvida, direta e indiretamente, com o assunto do projeto. Participaram ainda, da audiência pública sobre a implantação da Ferrovia Transnordestina, representantes do IBAMA, SEMAR – Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Prefeitura Municipal de Eliseu Martins e os deputados Fábio Novo e Ana Paula.
O que é a Transnordestina:
Transnordestina é o nome da futura ferrovia de cargas, com 1.728 quilômetros, que ligará a cidade de Eliseu Martins, no sertão do Piauí, aos Portos de Suape (PE) e de Pecém (CE). Fruto de um importante investimento de R$ 5,422 bilhões, a estrada de ferro será o marco da transformação socioeconômica do Nordeste. A Transnordestina percorrerá 420 quilômetros, passando por 19 municípios, no trecho que vai de Trindade a Eliseu Martins, nos Estados de Pernambuco e Piauí. Com infra-estrutura moderna, segura e mais veloz, a ferrovia comportará a passagem, por dia, de até 8 pares de trem com 104 vagões cada um, a uma velocidade média de 65 km/h. Assim será possível transportar, com eficiência e qualidade, cerca de 25 milhões de toneladas de carga por ano (alimentos, grãos, minérios, entre outros).
Os benefícios para a região:
* Ampliação do potencial da Região Nordeste como pólo de exportação e alternativa de escoamento da produção agrícola do Cerrado brasileiro.
* Instalação de novas empresas e indústrias ligadas a setores como o agronegócio, mineração, construção civil, logística, turismo, calçados, móveis e serviços.
* Concretização de novos projetos públicos e privados, antes inviáveis por falta de transporte e infra-estrutura adequados.
* Aquecimento do comércio, serviços e turismo locais.
Mais emprego e renda:
A Ferrovia Transnordestina criará mais de 3 mil empregos diretos, além de outras dezenas de milhares de indiretos, durante a sua construção. Essas novas oportunidades de trabalho se refletirão no aumento da renda e da arrecadação de impostos em todos os municípios percorridos pela ferrovia.
A próxima audiência pública acontece em Araripina (PE), nesta quarta-feira, às 19 horas, na AABB - Associação Atlética do Banco do Brasil.
Por: Marcelo Fontenele